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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Um pouco de loucura

Cada vez mais, as pessoas tem uma tendência a seguir religiosamente um conceito. Seja de moda, pensamentos, modo de agir ou mesmo expressões de linguagem. Desde pequenos até a fase adulta, mas principalmente na adolescência, as pessoas costumam andar em grupos. E para ser aceito em um determinado grupo, as características pessoais são jogadas fora e mais um clone surge por aí.

À cada ano uma música ou cantor se torna sucesso. E se fizermos uma pesquisa podemos constatar que muita gente vai colocar essas canções em suas favoritas, virarão fãs e se sentirão orgulhosos por gostar do que está na moda. Ou então um acessório ou roupa vira tendência. E aí andando pela rua podemos notar que a maioria está usando isso, todo contente, pouco importando se gosta ou não. Afinal o importante é ser aceito e estar na moda, não é ?

Mas é claro que no meio disso tudo, uma minúscula parcela de pessoas não segue tudo que é moda, não se importa em fazer parte de grupinhos e age da maneira que é. Daí surgem os "elogios" : estranho, esquisito, anti-social e principalmente louco.

Se você não balançar a cabeça como aqueles cachorrinhos de brinquedo e aceitar tudo, simplesmente vão te achar a pessoa mais estranha do mundo. Mas que coisa, por que será que não quero usar um laço no pé, outro na cabeça, outro no pulso, só por estar na moda? Pra que usar as coisas que você gosta, se elas não são a tendência? E música então? Você é um idiota porque não gosta de uma mulher que tem voz robótica e que repete maquinalmente a mesma frase durante a música toda. Aliás, pra que letra? O que importa é uma batida feita inteiramente por um computador.

Televisão então, nem se fala. Se você não souber quem saiu do último Big Brother, não tem conversa. Qual seria o assunto? Você ao menos deveria saber qual foi o final da novela. E bom, se todos estão bebendo e com um cigarro na mão, você também vai fazer isso. Não importa se odeia fumar e beber, o importante é ter status. Fazer isso porque gosta? Pra que!

Seria engraçado para alguém que olha tudo isso de fora. Várias pessoas com o mesmo cabelo, que passam horas alisando, esticando e queimando seus fios, só para ficar igualzinho aos outros. Todos com as mesmas roupas, falando sobre os famosos e também falando mal dos próprios "amigos". Dando aquele sorrisinho maldoso para todos que passam e ainda dizer com orgulho "Hoje eu tô com a língua afiada".

Se você começa a pensar por si, toma decisões diferentes, é criticado e tentam te provar que está indo pelo caminho errado.

É vegetariano? Então dizem que é frescura e coisas absurdas sobre como comer carne é essencial. É ateu? Então é considerado um monstro e ainda ouve a pergunta: não tem medo de ir para o inferno não ? É anarquista? Então é a favor de bagunça, desordem, não tem noção de nada e por aí vai ... Se começa a ler um livro, vão te olhar mais torto ainda. Se não escuta as músicas atuais, gosta de música de velho. E para finalizar, dizem que está fazendo tudo isso só para ser um rebeldezinho, que não passa de uma fase e que só fala para ficar com uma pose mais bonita.

Quer saber? Então não quero fazer parte de grupinho nenhum. Podem chamar de louca ou que for.

Pense por si, saia girando por aí, cante, pule, grite, liberte seus pensamentos, use o que te deixa confortável, faça um desenho, descubra lugares bonitos. Não importa se a maioria não irá te aceitar. A recompensa de pensar por si, com certeza é muito maior. As amizades são verdadeiras, as conversas que terá te levarão bem longe... viaje bastante também, nos dois sentidos.

Se ser louco é pensar por mim, digo que não é ruim coisa nenhuma e considero um elogio!


"A loucura ou insânia é segundo a psicologia uma condição da mente humana caracterizada por pensamentos considerados 'anormais' pela sociedade."





Um comentário:

  1. Para as nossas ações e omissões, não é preciso tomar ninguém como modelo, visto que as situações, as circunstâncias e as relações nunca são as mesmas e porque a diversidade dos carácters também confere um colorido diverso a cada ação. Desse modo, duo cum faciunt idem, non est idem (quando duas pessoas fazem o mesmo, não é o mesmo). Após ponderação madura e raciocínio sério, temos de agir segundo o nosso carácter. Portanto, também em termos práticos, a originalidade é indispensável; caso contrário, o que se faz não combina com o que se é.

    OI filha, a citação acima não é minha, é de Schopenhauer, em 'Aforismos para a Sabedoria de Vida' acho que tem tudo a ver com seu texto, que está muito bom, parabéns!

    Bjs, Papi

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